O jovem e a família: é possível um diálogo?
‘‘ O silêncio pode calar destinos, as palavras ditas na hora certa, sobretudo por pessoas
amadas, pode trazer soluções ou mesmo salvar vidas.’’
Virginia Schall
amadas, pode trazer soluções ou mesmo salvar vidas.’’
Virginia Schall
O diálogo, a partilha de experiência, a troca de idéias, o planejarem juntos, o expor os desejos,… são essenciais para uma vivência harmoniosa em qualquer relacionamento, seja ele de trabalho, com amigos, com a família,… Principalmente que seja uma comunicação clara e direta. Este é um dos meios para gerar confiança e afeto, assegurando a compreensão e a união.
Na família, acima de tudo no mundo de hoje, é necessário o diálogo, a comunicação entre todos os membros. E em especial entre pais e filhos jovens, pois ao entrar na adolescência, o filho (a) sai da proteção dos pais, e vai para a sociedade, deparando-se, na maioria das vezes, com um mundo diferente do que tinha em casa, na proteção e educação familiar. Também neste período da vida, acontece um momento delicado na formação da personalidade, pois o jovem está buscando entender as modificações de seu corpo, de suas emoções, está buscando perceber suas aptidões,… e tudo isso gera conflitos consigo mesmo, com quem convive e com a sociedade.
Perceptivelmente, podemos afirmar que vivemos em uma sociedade onde há uma crise de valores e com violência desmedida. E quando o jovem projeta-se neste mundo, se não há o diálogo na família, pode acontecer que o mesmo se lance, de forma inconseqüente neste mundo, adotando para si posturas e atitudes que não geram vida.
O dialogo salutar entre os pais e filhos é um ótimo remédio para auxiliar o jovem a sanar suas incertezas, suas dores, suas dúvidas. Ajuda o jovem a entender as mudanças que estão ocorrendo em sua vida, na sociedade, no mundo.
Este diálogo salutar auxilia na busca do equilíbrio que o jovem procura encontrar entre a liberdade que lhe está sendo oferecida – o caminhar com seus próprios passos, e o sair da proteção que os pais lhe ofereciam ou oferecem.
Para acontecer este diálogo salutar percebemos que deve acontecer a abertura tanto por parte dos pais como dos filhos, pois se um dos lados não se abre para o diálogo pode acontecer o conflito. Mas mesmo gerando o conflito, não pode haver a desistência, o silêncio, o isolamento. Deve-se sim, de forma serena, sem agressões verbais, buscar com equilíbrio a comunicação, onde aconteça o “ouvir” e o “falar”, e de forma madura chegar a um consenso, a um agir sadio. Destacamos que neste processo de diálogo quem, na maioria das vezes, deve realizar este movimento de procura são os pais, pois a experiência e a maturidade devem ser fatores que falem mais alto, que inspirem a humildade da procura, a tolerância e a paciência, que ajudam a abrir caminhos da reconquista e de novos encontros.
Portanto, busquemos na família manter o diálogo de forma serena, madura, onde cada um abra seu coração, expondo seus desejos, suas frustrações, seus encantos, seus sentimentos,… Temos consciência que a família não é perfeita, mas é o espaço onde buscamos sempre mais nos amar, nos entregar, e acima de tudo nos perdoar. E neste espaço é possível manter um diálogo salutar e maduro.
Ir. Sônia Estela Agostini SDS - Religiosa Salvatoriana
Nenhum comentário:
Postar um comentário