A teologia do corpo abriu os meus olhos que estavam vendados pela cultura de morte que a sociedade atual prega sobre a vivência da sexualidade para a juventude e para os casais.
Ao estudar sobre a teologia do corpo foi como que uma venda caísse dos meus olhos e eu vi toda a minha vida afetiva e sexual passar pela minha vista!
Quando em Efésios 6 São Paulo pede “protejam as vossas cinturas com a verdade”, ali ele já preparava os nossos corações para que protegêssemos os nossos órgãos genitais contra a cultura que a sociedade moderna prega sobre a sexualidade mal vivida, formulada diante a auto-satisfação e não conforme Deus gostaria que vivêssemos no princípio de tudo: segundo a sua imagem e semelhança! Segundo a sexualidade de autodoação!
Deus quando criou o homem e a mulher, tinha em seu coração que eles viveriam a sua sexualidade conforme o amor que Ele mesmo nos pregou: amai-vos uns aos outros como eu vos amei! Adão e Eva viviam a sua sexualidade conforme Deus os havia ensinado, como Deus criou para ser, por isso viviam nus e não sentiam vergonha! Eles se doavam um ou outro conforme o amor de Deus! Amavam-se como Cristo nos amou: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei!”. Como imagem e semelhança Daquele amor!
Contudo, quando o pecado começou a fazer parte dessa relação, o desejo original de Deus sobre a vivência da sexualidade foi completamente desvirtuado!
Foi então que Cristo veio em redenção dos pecados e para ser o novo Adão! E para amar e dar vida à sua igreja! A nova Eva! A sua esposa! Por isso, São Paulo diz: “maridos amai vossas esposas como Cristo amou a igreja! E mulheres: “sejam submissas aos seus esposos como a igreja é submissa a Cristo”! Porque esse era o desejo original de Deus para a sexualidade humana! O amor mútuo de autodoação e não de auto-satisfação!
A sociedade prega aos jovens que a sexualidade deve ser vivida conforme os seus desejos corporais! Um desejo de auto-satisfação! Sem pensar no outro e sem pensar na fase que está sendo quebrada, dilacerada, porque este não é momento para a vivência da sexualidade. Uma sexualidade sem responsabilidade.
A sexualidade foi criada por Deus como dom divino e o que mais aproxima o homem de Deus é a possibilidade de o homem gerar, de criar vida! Por isso Ele disse que o homem e a mulher se uniriam em uma só carne! A sexualidade foi criada para que nós homens fizéssemos parte da vida da Trindade santa através do dom do Espírito Santo que é derramado sobre o sacramento do matrimônio. A partir do momento que somos abençoados com o sacramento matrimonial, convidamos e recebemos o Espírito Santo que traz a vida para fazer parte do ato conjugal! Quando usamos do ato sexual para nos auto-satisfazer e com isso utilizamos métodos contraceptivos, estamos dizendo ao Espírito Santo que traz a vida que não o queremos naquele ato e com isso estamos deixando de abençoar o matrimônio, como se o padre ao consagrar a hóstia deixasse de pedir o Espírito Santo sobre ela e não houvesse ali o corpo de Cristo.
Assim São Paulo nos convida a viver a sexualidade segundo o Espírito Santo e não como os Gentios, que viviam dominados pela luxúria. Para isso devemos abrir os nossos corpos para o Espírito Santo!
A bem vivência da sexualidade se faz com a união do corpo com a alma! Abrindo o nosso coração endurecido para o Espírito Santo! Vivermos a verdade do espírito através do nosso corpo! Isso que a Teologia do Corpo segundo a Catequese de João Paulo II nos ensina.
A união de uma só carne se exprime na vida através do Espírito Santo. E traduz a santa comunhão de Cristo com a igreja, pois Cristo deu o seu corpo para a sua noiva Igreja para que nós pudéssemos nos tornar um só corpo com ele: “Isto é o meu corpo entregue por vós!”. A relação sexual está destinada a ser uma expressão da vida Trinitária. A união de uma só carne na vida conjugal é um veículo específico do Espírito Santo para o casal, para a família e para a cultura em geral.
Os homens e as mulheres não sabem o que estão a fazer. Não sabem hoje o quanto o sexo é valioso! Que deve ser a participação intima da Trindade! Viver uma verdadeira espiritualidade conjugal significar abrir toda a nossa personalidade ao Espírito Santo. O Espírito Santo desceu sobre nós para nos permitir amar conforme a imagem de Deus. Quando os nossos corpos não são insuflados pelo Espírito Santo, a luxúria substitui o amor, como ocorreu com Adão e Eva.
Nossa cultura prega que devemos viver de prazeres momentâneos e não sermos conduzidos pelo plano original de Deus para nós, que é a sexualidade bem vivida com o Espírito Santo que traz a vida!
No momento em que eu estudava sobre a Teologia do Corpo – e para isso eu tenho lido livros, estudado as catequeses do Papa João Paulo II – nada me abriu tantos os olhos espirituais sobre a minha sexualidade e afetividade como a explicação e a construção que Christopher West faz.
No momento em que eu assistia a essa palestra, o Senhor me deu a graça de ser conduzida à minha adolescência e voltar aos meus atos impuros. Fez-me retornar ao princípio da formação da minha sexualidade como mulher. E me fez enxergar como nós jovens somos influenciados pela cultura moderna de auto-satisfação. Porque não somos bem orientados sexualmente com a verdade, a verdade do plano original de Deus para nós como homens e mulheres. E me conduziu por toda a formação da minha sexualidade. O controle que eu aprendi a ter sobre os meus desejos sexuais na minha adolescência e deixei pecar contra a castidade, o primeiro contato que eu tive com um homem como mulher, no meu primeiro namoro, e o controle que eu aprendi a ter com aquele relacionamento para que a minha virgindade fosse preservada. Eu vi que apesar de ter o princípio da preservação da virgindade e da vivência da castidade, eu vivi erroneamente até conhecer a Teologia do Corpo. Porque não fui orientada pela verdade! Eu sabia que tinha que preservar a minha virgindade, sabia que tinha que viver a castidade, mas fazia isso de forma errada. Tanto que o Senhor foi me conduzindo até chegar ao meu relacionamento passado, onde até então eu preservava a minha virgindade, mas vivia uma cultura de prazer momentâneo. Porque eu e meu ex-namorado vivíamos uma sexualidade de prazeres momentâneos, até chegar a consumação do ato carnal no qual eu perdi a minha virgindade. E Deus me mostrou que naquele momento eu não procurava só prazer. Eu procurava amor, carinho. Eu procurava algo muito maior, que era o amor de Deus! Que eu achava que poderia ser suprido pelo carinho e prazer que o meu ex-namorado me dava naqueles momentos. Isso é fantástico! Eu consegui enxergar e entender algo que eu sempre procurava compreender! E Deus continuou a me conduzir por todo o período de sofrimento que eu passei por ter entregado a minha virgindade. Eu não queria que acontecesse. Eu sempre sonhei que seria somente o meu esposo quem iria me tocar como mulher. Mas não entendia a profundidade e a verdade deste ato, que somente comecei a entender com o estudo da Teologia do Corpo. Mostrou-me o caminho todo de construção da minha sexualidade até chegar ao meu relacionamento, que terminou há pouco tempo, e a importância de ter passado por todo esse caminho, porque hoje se eu tenho controle sobre a minha sexualidade, sobre o meu corpo, sobre os meus desejos, se vivi a castidade no meu namoro, se eu santifiquei o meu ex-namorado, foi porque o Senhor me fez passar por todo esse caminho até chegar à verdade para enxergar que o plano original de Deus para o homem e a mulher é a bem vivencia da sexualidade dentro do matrimônio sem pular fases para que a sacralidade do ato sexual seja respeitada dentro do casamento! O Senhor me modelou até aqui para que eu possa viver uma verdadeira sexualidade dentro do meu matrimônio! Para que eu viva o plano original de Deus para a humanidade: viver a sexualidade conforme Deus a criou para ser!
Olha, não vejo graça maior que esta para a minha vida hoje! Sem contar que através dessa experiência, foi através desse caminho, que hoje Deus me prepara para conduzir os jovens por este mesmo caminho, mas ensinando o caminho da verdade e mostrando que não podemos mais deixar que a sociedade minta para nós e nos influencie. E somente assim viveremos uma felicidade eterna. Porque caminhamos corretamente segundo a verdade e segundo o plano original que Deus tem para nós: que é a união do homem e da mulher como algo muito maior, a prefiguração da união de Cristo com a Igreja, a prefiguração do céu!
Enviado por: Daiane
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