Espiritualidade Conjugal
E podemos começar com uma observação: falar da espiritualidade conjugal, desse caminho para a perfeição cristã do casal, supõe necessariamente falar do Sacramento do Matrimônio, dessa presença continuada do Cristo na vida do casal, de tal maneira que Ele, pessoalmente, é que faz sua união. Essa presença do Cristo na vida do casal é fator básico, fundamental, indispensável para que se atinja a perfeição da sua vida conjugal. Graças à presença do Cristo na vida do casal, toda vida conjugal é transformada. O Sacramento do Matrimônio não é algo que aconteceu no passado, é uma realidade presente. Naquela cerimônia, anos atrás, houve apenas o começo de uma vida, de um sacramento. Houve o começo de uma presença especial do Cristo na vida dessas duas pessoas que estavam assumindo comunhão total de toda vida por toda a vida. Toda vida conjugal, pela presença do Cristo, passa a ser fator de felicidade para o casal. É através da vida conjugal que o Cristo atinge o casal e o leva para frente. O casal santifica-se, chega à perfeição cristã pura e simplesmente vivendo até as últimas conseqüências o Sacramento do Matrimônio. Sacramento do Matrimônio que também qualifica o casal para uma ação específica na Igreja e na sociedade.
Sem falar no Sacramento do Matrimônio é impossível apresentar uma espiritualidade conjugal.
O casal é chamado à santidade
Colocado isso, vamos olhar um pouco para o chamado dos casais à santidade. O Concílio Vaticano II, no capítulo V do documento sobre a Igreja – Lumen Gentium – diz claramente que todos são chamados à santidade. Também os casais são chamados à santidade. O Concílio diz isso muito rapidamente. De qualquer maneira foi um grande avanço na história da Igreja, porque durante muito tempo a vocação ao matrimônio foi considerada uma vocação de segunda classe. De maneira geral, não se falava muito sobre a vocação dos casais para a santidade. Em parte talvez, por uma má interpretação de São Paulo (1Cor 7,32), aquela passagem que vocês conhecem: Quem não é casado pensa nas coisas de Deus, quem é casado pensa nas preocupações da mulher e do marido. Na perspectiva em que colocava a questão, Paulo tinha toda a razão. Mas erraram os que o interpretaram dizendo que o casamento, o amor conjugal, as preocupações familiares são empecilhos no caminho de Deus. E pior ainda os que pensaram que essa era uma vocação para quem ama a Deus com menos generosidade. O Concílio não explica em pormenores, e nem o poderia fazer, qual é esse caminho próprio para o casal. Mas fica bastante claro pelo texto que esse é um caminho próprio, diferente do caminho seguido pelos celibatários. Caminho marcado pela mútua ajuda em todos os sentidos, pela fidelidade ao amor conjugal, pela fecundidade no seu sentido amplo e pleno. Pode assim o casal chegar à perfeição, não apesar, mas através das circunstâncias de sua vida matrimonial. Como para todos, também para o casal a procura da santidade passa pela vida do dia a dia.
Colocado isso, vamos olhar um pouco para o chamado dos casais à santidade. O Concílio Vaticano II, no capítulo V do documento sobre a Igreja – Lumen Gentium – diz claramente que todos são chamados à santidade. Também os casais são chamados à santidade. O Concílio diz isso muito rapidamente. De qualquer maneira foi um grande avanço na história da Igreja, porque durante muito tempo a vocação ao matrimônio foi considerada uma vocação de segunda classe. De maneira geral, não se falava muito sobre a vocação dos casais para a santidade. Em parte talvez, por uma má interpretação de São Paulo (1Cor 7,32), aquela passagem que vocês conhecem: Quem não é casado pensa nas coisas de Deus, quem é casado pensa nas preocupações da mulher e do marido. Na perspectiva em que colocava a questão, Paulo tinha toda a razão. Mas erraram os que o interpretaram dizendo que o casamento, o amor conjugal, as preocupações familiares são empecilhos no caminho de Deus. E pior ainda os que pensaram que essa era uma vocação para quem ama a Deus com menos generosidade. O Concílio não explica em pormenores, e nem o poderia fazer, qual é esse caminho próprio para o casal. Mas fica bastante claro pelo texto que esse é um caminho próprio, diferente do caminho seguido pelos celibatários. Caminho marcado pela mútua ajuda em todos os sentidos, pela fidelidade ao amor conjugal, pela fecundidade no seu sentido amplo e pleno. Pode assim o casal chegar à perfeição, não apesar, mas através das circunstâncias de sua vida matrimonial. Como para todos, também para o casal a procura da santidade passa pela vida do dia a dia.
O cerne da espiritualidade conjugal
Podemos agora dar um passo e tentar aprofundar um pouco a reflexão, tentando ver qual é o cerne, a linha mestra da espiritualidade conjugal. Já vimos antes que a espiritualidade cristã se fundamenta no crescimento na caridade, união com Deus, e na caridade união com os outros, na caridade fraterna que faz de todos nós irmãos e irmãs. A partir dessa idéia, podemos afirmar, parece-me, que a espiritualidade conjugal consiste, está na vivência da caridade conjugal, da caridade entre marido e mulher. Chegar à perfeição da caridade é chegar à perfeição esperada por Deus, dos casais. O caminho da perfeição para o casal é o desenvolvimento da caridade conjugal. Essa é a linha mestra ao re-dor da qual deve organizar-se todo o esforço para levar a vida conjugal à sua plenitude. Essa caridade conjugal, repito, não é uma caridade meramente espiritual. É amor que vem de Deus, mas é amor que engloba, assume toda a realidade do amor conjugal vivido em plenitude e nele se encarna. É, em primeiro lugar, caridade que atinge a vontade. Iluminado por Deus esse homem e essa mulher têm coragem de dizer “quero viver com você para sempre, comprometendo-me com você em tudo, colocando você em primeiro lugar na minha vida, antes de pai, mãe, profissão, amigos, tudo. Você é a primeira pessoa, logo abaixo de Deus para mim”.
Podemos agora dar um passo e tentar aprofundar um pouco a reflexão, tentando ver qual é o cerne, a linha mestra da espiritualidade conjugal. Já vimos antes que a espiritualidade cristã se fundamenta no crescimento na caridade, união com Deus, e na caridade união com os outros, na caridade fraterna que faz de todos nós irmãos e irmãs. A partir dessa idéia, podemos afirmar, parece-me, que a espiritualidade conjugal consiste, está na vivência da caridade conjugal, da caridade entre marido e mulher. Chegar à perfeição da caridade é chegar à perfeição esperada por Deus, dos casais. O caminho da perfeição para o casal é o desenvolvimento da caridade conjugal. Essa é a linha mestra ao re-dor da qual deve organizar-se todo o esforço para levar a vida conjugal à sua plenitude. Essa caridade conjugal, repito, não é uma caridade meramente espiritual. É amor que vem de Deus, mas é amor que engloba, assume toda a realidade do amor conjugal vivido em plenitude e nele se encarna. É, em primeiro lugar, caridade que atinge a vontade. Iluminado por Deus esse homem e essa mulher têm coragem de dizer “quero viver com você para sempre, comprometendo-me com você em tudo, colocando você em primeiro lugar na minha vida, antes de pai, mãe, profissão, amigos, tudo. Você é a primeira pessoa, logo abaixo de Deus para mim”.
Consciência da autoridade divina
A primeira atitude a tomar é o reconhecimento de ambos que estão sob a autoridade divina. O casal cristão precisa ter a consciência de que está debaixo da autoridade divina. Ou seja, há alguém acima dos dois. Há alguém que cuida, sim, mas esse alguém cuidador julga e estabelece critérios para os relacionamentos.
A primeira atitude a tomar é o reconhecimento de ambos que estão sob a autoridade divina. O casal cristão precisa ter a consciência de que está debaixo da autoridade divina. Ou seja, há alguém acima dos dois. Há alguém que cuida, sim, mas esse alguém cuidador julga e estabelece critérios para os relacionamentos.
Parece tão óbvio, mas é tão esquecido! Poucos casais param e se perguntam, em momentos de decisão e em momentos de crise relacionadas, qual é a vontade de Deus para eles. “O que Deus quer nós, como casal cristão?” ou “O que Deus espera de nosso lar?”. Ou, ainda, “Como Deus deseja que procedamos nesta circunstância?” A forma como criamos os filhos agrada a Deus? Parece que temos um Deus para nos atender em caprichos e nos socorrer em aflições, mas não o vemos como Senhor de nossa vida e de nosso lar. E muitas decisões são tomadas no lar sem a consulta a Deus. Para se colocar sob autoridade divina e buscá-la sem fardo e com alegria, o casal precisa nutrir a consciência de que o lar cristão é firmado sobre o Senhor, é constituído para o Senhor e é propriedade do Senhor.
A Consciência de autoridade da Igreja
A Consciência de autoridade da Igreja
A Igreja é o corpo de Cristo. Ela oferece o melhor programa para restaurar as vidas, nela somos inseridos na vida de outras pessoas, que são nossos irmãos na fé, somos colocados dentro do propósito de Deus não apenas para nossa vida, mais para o mundo. É onde temos a oportunidade de desenvolver nossa família. O casal precisa ver a igreja como o espaço em que Deus colocou para viver em grupo, cultivarem a amizade, serem ajudados, servirem ao Senhor e aos outros. Mostrar a importância da igreja para os seus filhos.
A autoridade mútua
“A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mais sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher”. (I coríntios 7:4)” Igualmente vós, maridos, vivei com ela com entendimento, dando honra a mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. (I pedro 3:7)
Casal de segunda união
A igreja não quer discriminar nem punir os casais em segunda união, mais sim oferecer-lhes um caminho espiritual – Pastoral adaptado a sua situação. Este caminho pode ser chamado de fato um caminho espiritual – Pastoral muito rico de frutos espirituais de vida cristã. A Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, 1981, de João Paulo II, no n.84, exorta os casais divorciados a participar de um caminho de vida cristã que deve consistir em:
• “Ouvir a palavra de Deus, freqüentar o sacrifício da missa, perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência”.
“A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mais sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher”. (I coríntios 7:4)” Igualmente vós, maridos, vivei com ela com entendimento, dando honra a mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. (I pedro 3:7)
Casal de segunda união
A igreja não quer discriminar nem punir os casais em segunda união, mais sim oferecer-lhes um caminho espiritual – Pastoral adaptado a sua situação. Este caminho pode ser chamado de fato um caminho espiritual – Pastoral muito rico de frutos espirituais de vida cristã. A Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, 1981, de João Paulo II, no n.84, exorta os casais divorciados a participar de um caminho de vida cristã que deve consistir em:
• “Ouvir a palavra de Deus, freqüentar o sacrifício da missa, perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência”.
Conclusão
O caminho da verdadeira vida espiritual consiste em observar a lei de Deus e seus princípios (que se resumem e se fundamentam no amor). A espiritualidade do casal é mais do que atos litúrgicos, são atitudes que se resumem a uma consciência: “somos cristãos, somos de Cristo e existirmos para ele”. A necessidade de um relacionamento pessoal com Deus é algo inerente no ser humano.
O caminho da verdadeira vida espiritual consiste em observar a lei de Deus e seus princípios (que se resumem e se fundamentam no amor). A espiritualidade do casal é mais do que atos litúrgicos, são atitudes que se resumem a uma consciência: “somos cristãos, somos de Cristo e existirmos para ele”. A necessidade de um relacionamento pessoal com Deus é algo inerente no ser humano.
Leonardo Lucas, comunidade católica videira.
leonardo@comunidadecatolicavideira.com
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