sexta-feira, 25 de julho de 2014

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Desafios da Educação da Fé no contexto Familiar.

Desafios da Educação da Fé no contexto Familiar.

Os desafios do contexto familiar na educação da fé



A realidade atual, marcada por contrastes e mudanças rápidas, modismos, crises de valores e de paradigmas, atinge diretamente a estrutura familiar. As crianças, adolescentes e jovens, neste contexto são os mais vulneráveis. A Igreja doméstica de outrora, em certos ambientes familiares, se perdeu. Os pais estão, em sua maioria, perplexos diante do contexto atual e sem saber como agir frente aos desafios de educar seus filhos e principalmente no tocante a educação da fé. Por isso, “a Igreja os prioriza como um importante desafio para o presente e o futuro” (DNC 187). Na América Latina desde o documento de Medellin, passando por Puebla, Santo Domingo e, ultimamente, Aparecida, a Igreja os tem como prioridade, isso sem falar, nos documentos da CNBB.

Durante um longo período na história, a Igreja investia suas maiores e melhores forças na preparação de crianças e sempre em vista da recepção dos sacramentos, seja da eucaristia, seja da crisma, e, isso, com um cunho meramente doutrinal. Hoje, impõe-se um novo modo de fazer catequese, que leve em conta a colaboração e a participação efetiva dos pais. É urgente uma catequese que envolva toda a família.

Diante dos desafios da realidade cotidiana em que a família está embrenhada, faz-se necessário uma catequese que atinja primeiramente os pais. Ensina-nos o DNC “Não se pode imaginar uma catequese com jovens, adolescentes e crianças sem um trabalho específico com os pais”. A catequese familiar é insubstituível, pelo exemplo, sensibilização e pratica da fé. Mas para chegar a isso, devemos fazer um longo caminho, enquanto isso, o catequista tem uma tarefa ainda mais delicada e urgente, a ser desenvolvida com muito carinho, sensibilidade, dedicação e persistência.

Os genitores devem ser a prioridade no fazer catequético da Igreja de nossos dias, pois, é no seio da família que brota a disponibilidade e a educação para a vivência da religiosidade. “De fato, a catequese familiar precede, acompanha e enriquece todas as outras formas de catequese”(DGC, n. 226; CT, n. 68). É na vida cotidiana da família que os pais, por seu dever que deriva do compromisso cristão e humano de educar para os valores do Evangelho, conduzem “até o ponto em que a própria vida de família se torna itinerário de fé e escola de vida cristã. À medida que os filhos crescem, também o intercâmbio se faz recíproco e, num diálogo catequético deste tipo, cada um recebe e dá alguma coisa” (DGC, n.227).

No contexto atual, o catequista deve prestar muita atenção às famílias, envolvendo-as, cada vez mais, no compromisso catequético e de construção comunitária. A comunidade precisa responsabilizar-se pela tarefa educativa da fé das novas gerações para fortificar-se a si mesma e para que, permanentemente, ela seja renovada e dinamizada; e envolver as famílias para tal é parte inerente da missão do catequista, pois em seu ministério deve ter consciência de ser o elo entre todos os pólos da comunidade cristã.

Pe. Sergio Silva
Setor de Animação Bíblico-Catequético do Regional Sul 3 – RS

QUA, 15 DE ABRIL DE 2009 08:32POR: CNBB
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PRIMEIRA CATEQUESE

A FAMÍLIA, PRIMEIRA E PRINCIPAL TRANSMISSORA DA FÉ


Família_Bíblia

1. Cântico inicial.

2. Oração do Pai Nosso.

3. Leitura bíblica: Mt 11, 25-30.

4. Leitura do Ensino da Igreja:

1. O eterno desígnio de salvar os homens, em e por Cristo, foi revelado e realizado plenamente pelo Verbo Encarnado, especialmente pelo mistério pascal de sua morte, ressurreição, ascensão e envio do Espírito Santo. Em Cristo, portanto, a revelação do mistério de Deus foi tornada perfeita e definitiva, de maneira que já não haverá nenhuma outra revelação. “Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é uma Palavra sua, que não tem outra, tudo nos disse de uma só vez nesta única Palavra”

(São João da Cruz).

2. Esta revelação foi entregue à Igreja, que é sempre assistida pelo Espírito Santo a fim de levar, de modo verdadeiro e indefectível, a salvação de Deus a todos os

homens de todos os tempos e culturas. A Igreja não deixou — nem nunca deixará — de anunciar este mistério, sobretudo pelo ministério do Papa e dos Bispos, como principais responsáveis. Desta responsabilidade participam também todos os fiéis cristãos, em virtude da missão profética que receberam de Cristo no Batismo.

3. Quando este anúncio é acolhido, provoca a conversão e a fé. Esta é sempre um dom gratuito de Deus, mas requer a resposta e a colaboração humana de abertura e acolhimento. De um modo geral, a fé não é possível sem um anúncio explícito dos conteúdos revelados; só em casos excepcionais é que Deus infunde num adulto a fé diretamente sem anúncio prévio de seu mistério. O normal é que se dê esta sequência: anúncio explícito do mistério de Deus, acolhimento do mesmo, conversão,

Profissão de fé o Batismo.

4. A família cristã, pelo sacramento do matrimônio e pelo batismo dos pais e dos

filhos, é “Igreja doméstica” e participa dessa missão. Enquanto geradora dos filhos converte-se na primeira e principal instituição encarregada de transmitir aos filhos o mistério salvífico de Deus. Assim, os pais são para os filhos os autênticos transmissores da fé que professam. De um modo geral, os grandes santos nasceram no seio de famílias profundamente cristãs. É um facto que, nos países onde a fé foi perseguida durante muito tempo, esta foi conservada e transmitida pelo ministério dos pais.

5. Na transmissão da fé aos filhos, a família não é uma instituição auto-suficiente nem autônoma; precisa de estar em íntima relação com a paróquia e a escola, sobretudo se for católica, que os filhos frequentam. O modo informal (por vezes também deve ser formal) da catequese familiar é complementado com a catequese paroquial e as aulas de religião da escola.

6. Já no início do cristianismo, a família cristã aparece como lugar de transmissão da fé dos pais, como mostra a prática de levar as crianças a receber o batismo e o acolhimento dessa proposta por parte do Bispo, responsável da comunidade. O testemunho dos pais desempenhou um papel decisivo, a ponto de a família se tornar o lugar por excelência onde a Igreja transmitia a fé. Assim acontece nos países de missão, enquanto em outros países de grande tradição cristã a família perdeu muitas vezes este protagonismo, com a consequente deterioração da fé e da prática religiosa.

7. A recuperação de uma Igreja pujante e evangelizadora passa pela restauração da família como instituição de base para a transmissão da fé. Por isso, nesses países, a família cristã tem hoje um campo de ação especial, sobretudo para com outras famílias não cristãs ou afastadas da prática religiosa. Os avós, os filhos e outros familiares cristãos são instados a transmitir a fé aos pais e parentes.

5. Reflexão do orientador.

6. Diálogo:

• Percebem os esposos de hoje que a família é a primeira e principal transmissora da

fé? Ou desconhecem essa missão e abdicam dela?

• As famílias cristãs estão conscientes de que o cumprimento da sua missão precisa de um contínuo contacto e diálogo com os formadores e a paróquia? Em que consiste esse diálogo?

• Como pode a família de hoje anunciar Jesus Cristo a seus filhos?

7. Compromissos.

8. Oração da Ave Maria e invocação: Rainha da família – Rogai por nós.

9. Oração pela família: Ó Deus, que deste à família cristã a honra e a responsabilidade de transmitir a fé a seus filhos: concede-lhe a tua fortaleza para que realize com fidelidade a tarefa que lhe confiaste. Por Jesus Cristo Nosso Senhor…

© Pontifício Conselho para a Família e Arcebispado de Valência 2005. Autoriza-se a reprodução para os fins próprios destas catequeses.
Tradução revista pelo Departamento Nacional de Pastoral Familiar (Portugal)


FAMÍLIA



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Semana Nacional da Família – 2013.


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Educação cristã dos Filhos – Desafio à Família.

Educação cristã dos Filhos – Desafio à Família.

Numa história intitulada O Lavrador e os seus Filhos, Jean de La Fontaine, dá-nos conta da recomendação paterna: “Guardai-vos – diz o lavrador – de vender o patrimônio deixado por vossos Pais. Vereis que esconde um tesouro.” Foi passando o tempo e o lavrador, pouco antes de morrer, com a sabedoria dos mais velhos, mostrou-lhes o segredo: “A educação é que encerra um tesouro”. (*) Veja resumo abaixo


henry-viii-and-his-six-wives_368[1]

A história quase infantil de La Fontaine ilustra maravilhosamente o conteúdo desta breve reflexão – o mais valioso patrimônio que os pais podem legar aos filhos é a educação.
Na Semana Nacional da Educação Cristã, que ocorre de 6 a 13 de Outubro, somos convidados a confrontar-nos com o tema: Educação cristã dos Filhos – Desafio à Família. Coincidindo a sua data com a do Congresso Nacional da Família, iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, e o seu encerramento com a Peregrinação das Famílias a Fátima, acontecimentos comemorativos dos vinte anos da Familiaris Consortio, não poderia o tema ser mais sugestivo.
Participantes na obra criadora de Deus, marido e esposa, quando se unem diante do altar, pelo sacramento do matrimônio, são “consagrados para a educação propriamente cristã dos filhos” e “este dever educativo recebe do sacramento a dignidade e a vocação de um verdadeiro e próprio ‘ministério’ da Igreja”, bem como as graças e luzes necessárias para desempenhá-lo com seriedade e eficiência.
A fundamentar quanto fica afirmado, vale a pena recordar a palavra do Santo Padre: “Pela força do ministério da educação, os pais, mediante o testemunho de vida, são os primeiros arautos do Evangelho junto dos filhos. Mais ainda: rezando com os filhos, dedicando-se com eles à leitura da Palavra de Deus e inserindo-os na intimidade do Corpo – eucarístico e celestial – de Cristo, através da iniciação cristã, tornam-se plenamente pais, progenitores não só da vida carnal, mas também daquela que, mediante a renovação do Espírito, brota da Cruz e da ressurreição de Cristo.”
Este “direito-dever” educativo dos pais é essencial, original e primário, insubstituível e inalienável, como o sublinha o Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio. Do fiel exercício desta obrigação fundamental, depende o futuro da humanidade, porque “da família depende o futuro do homem”.
A família é o espaço privilegiado e adequado para o desabrochar e o crescimento da fé, iniciada no Batismo; para a primeira experiência vivida da Igreja, onde aquele sacramento nos introduziu.
É na família que há-de ter lugar uma verdadeira iniciação da pastoral profética, habituando-se os pequeninos a construir critérios de comportamento, partindo de histórias e de palavras simples da Bíblia que as crianças são capazes de compreender e nunca mais esquecem.

A explicação dos sacramentos que vão ocorrendo na família, durante o crescimento dos filhos, a celebração das festas e dos aniversários, acompanhada da oração familiar habitual, tornada mais participativa e interessada com as intenções que espontaneamente cada um pode sugerir, preferentemente relacionada com símbolos religiosos facilmente identificáveis – um crucifixo, um quadro, uma imagem – é a melhor introdução no mistério da liturgia, que naquele clima de espiritualidade o Senhor revela aos simples. Também a participação habitual na Missa do Domingo na companhia dos pais é a forma mais prática de os filhos descobrirem a importância central da Eucaristia.
E os gestos infantis de solidariedade e de capacidade de perdão, suscitados pela oportuna sensibilização dos pais, diante dos problemas de justiça e de verdade, fazem da família “a primeira e fundamental escola da sociabilidade”, o lugar onde se aprende a viver a comunhão.

Infelizmente a realidade da maior parte dos nossos lares está ainda distante deste modo de proceder. São sempre em grande número os pais que se demitem desta responsabilidade, quer pelas ocupações que não deixam tempo para outros afazeres, quer por incúria ou até por um falso receio e pudor de atentar contra a liberdade religiosa dos filhos, quer mesmo por total falta de preparação e de vivência cristã. Mas a realidade não justifica o alheamento dos pais. Pelo contrário, torna mais premente a sua obrigação de encontrar os recursos que supram a deficiência, empenhando-os, afetiva e efetivamente na catequese que as comunidades paroquiais oferecem, e crescendo, com a fé dos filhos, em consciência e vivência cristãs.

Que esta Semana, no enquadramento dos dois grandes acontecimentos nacionais – o Congresso da Família e a Peregrinação a Fátima das Famílias Portuguesas – seja, sob a proteção da Rainha das Famílias, oportunidade de reflexão e compromisso renovador.
O patrimônio mais valioso é, sem dúvida, a educação. Leguemos essa herança preciosa aos vindouros.

Fátima, Setembro de 2002
Comissão Episcopal da Educação Cristã

Educação cristã dos Filhos – Desafio à Família
2002-10-01 22:01:04

paroquias.org

Uma fábula para meditar

cavando[1]
Um rico lavrador, ao ver aproximar-se a morte, chamou os seus filhos e disse-lhes:
- Cuidado! Não deveis vender a vossa herança, que vem dos nossos avós! Nesse campo está escondido um tesouro, embora eu ignore onde se encontra. Mas, com um pouco de esforço, conseguireis encontrá-lo. Depois da colheita, cavai bem o vosso campo, sem deixar um palmo sequer por remover.
Entretanto, o pai morreu. Os filhos cavaram tão bem o campo que, no ano seguinte, a colheita foi mais que abundante.
O tesouro não o encontraram, porque não existia, mas o seu pai foi sábio ao ensinar-lhes, antes de morrer, que o trabalho é tesouro. (Jean de La Fontaine)Numa época de facilidades, em que se procura enriquecer se necessário enganando ou explorando os outros, é importante falar do trabalho honesto. Consideras-te um bom trabalhador ou um bom estudante?

Semana_N_Família


Outras indicações:

Desafios da Educação da Fé no contexto Familiar.



Fonte Ecclesia

Como lidar com a rejeição do cônjuge!



Seu casamento está em crise e você agora sofre com a rejeição do cônjuge? Veja como buscar maneiras de superar a decepção amorosa e reconstruir a vida.









Modelo de Mãe Super Top 2000.

Modelo de Mãe Super Top 2000.



UMA SUPER MÃE A TODA PROVA.


Antes que Deus formasse a mulher da costela do homem Ele fez alguns planos e modelos até chegar ao modelo Perfeito de Mãe que agradasse plenamente o seu coração, afinal a mulher não seria apenas uma companheira para o homem e sim a mãe de todos os filhos de Deus que viriam a encher a terra.

Sobre um desses modelos, o Super Top 2000, que seriam um modelo ultra sofisticado, Deus resolveu tirar algumas duvidas pedindo a opinião para um de seus anjos que estava ali observando seu trabalho e sua preocupação.

Conta-se então que:



MODELO DE MÃE SUPER TOP 2000

Deus chamou o seu anjo mais querido, e lhe apresentou o modelo de mãe.

O anjo não gostou do que viu:

O Senhor tem trabalhado muitas horas extras, já não sabe mais o que esta fazendo

– disse o anjo

– Olhe só !

Beijo especial que cura qualquer doença, seis pares de mãos para cozinhar, lavar, passar, acariciar, segurar, limpar:

isso não vai dar certo!

- O problema não são as mãos

– Respondeu Deus.

- São os três pares de olhos que precisei colocar:

um que permita ver seu filho através de portas fechadas, e protege-lo de janelas abertas. Outro para mostrar severidade na hora de dar uma educação sólida. E o terceiro para ficar constantemente demonstrando amor, ternura, apesar de todo o trabalho que ela terá.

O anjo examinou o modelo de mãe com mais cuidado:

- E isso aqui. O que é?

- Um dispositivo de auto cura. Ela não terá tempo de ficar doente,vai ter que cuidar do marido, dos filhos, da casa.

- Acho melhor o Senhor descansar um pouco – disse o anjo – E voltar para o modelo normal, com dois braços, um par de olhos etc.

Deus deu razão ao anjo.

Depois de descansar,transformou a mãe

numa mulher normal mas alertou o anjo:

- Precisei colocar nela uma vontade tão grande, que se sentirá com seis braços, três pares de olhos, sistema de auto-cura. Ou não será capaz de dar conta da tarefa.

O Anjo examinou-a de perto. Desta vez, em sua opinião, Deus tinha acertado.

De repente notou uma falha:

- Ela está vazando. Acho que o Senhor, de novo colocou muita coisa neste modelo.

- Não é vazamento. Chama-se lágrima.

- Serve pra que?

- Para alegria tristeza, desapontamento, dor, orgulho, entusiasmo.

- O Senhor é um gênio

– disse o anjo

– Era justamente o que estava faltando para o modelo completo.

Deus, com ar sombrio, respondeu:

- Não fui eu quem colocou. Quando eu juntei as peças, a lágrima apareceu.

Mesmo assim o anjo deu parabéns ao todo-Poderoso, e as mães foram criadas.

MÃE É UM PEDAÇO DO PARAÍSO QUE DEUS DEIXOU NA TERRA PARA SUAVIZAR A CAMINHADA DO SER HUMANO


Ter um Coração agradecido a Deus.

Ter um Coração agradecido a Deus.


Coracao_agradecido


Só se assentaram depois de terem adorado e agradecido a Deus. (Tobias 11, 12)

Um Coração Agradecido.




“Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano” (Lc 17, 14b-16).

Conhecendo a vontade de Deus e colocando-a em prática o caminho a percorrer encontra o êxito do desejo. Assim nos conta Lucas (17,11-19) quando nos apresenta o encontro de Jesus com um grupo de leprosos.

No “caminho à Jerusalém”, Jesus ensina seus discípulos a olhar a vida com a presença de Deus, e o coração agradecido daquele que percebe a ação salvífica em seu ser.

A marginalidade de uns, a repugnância e o medo do contágio por parte de outros, apontavam a maldição vivida pelos leprosos. O ensino do Templo era que a lepra era consequência da ação de pecado e, portanto, castigo de Deus. Por isso, todos os contaminados deveriam se afastar da cidade e de todo convívio social. Se, porventura, alguém era curado, deveria apresentar-se ao sacerdote para que se comprovasse a cura e permitisse o “retorno à vida”.

No contexto, o evangelista apresenta Jesus como salvador. Palavra divina para a salvação de todos, sem distinção, principalmente para os marginalizados da sociedade. Em Jesus, Deus tem um projeto salvífico para todos, mostrado pelo evangelista na pessoa do samaritano (os samaritanos eram desprezados pelos judeus de Jerusalém por causa da maneira de praticar fé).

Embora o evangelista queira mostrar o Deus presente na história humana, na pessoa de Jesus que veio curar e salvar a todos, há um sentido claro em apontar a gratidão daquele que realmente experimenta a ação divina. Na perícope, Lucas apresenta dez leprosos que se dirigiram a Jesus e pediram sua compaixão. A resposta não foi imediata, mas uma indicação de deslocamento, de caminhada, para cumprir o ritual de apresentação ao sacerdote, e no caminho que acontece a cura. Eles atenderam à palavra de Jesus e se colocaram em marcha, não permaneceram estagnados.

O evangelista, no entanto, indica a gratidão de apenas um, que era samaritano e que voltara para agradecer a Jesus. Nesse gesto está a indicação de que a providência de Deus não está reservada para apenas um grupo de pessoas e nem de bênçãos porque pertence ao seu povo. Os nove que receberam a cura não reconheceram a proposta de salvação. Apenas um estrangeiro reconheceu e voltou, deixou a burocracia do templo e reconheceu o senhorio daquele que é compassivo.

Através do retorno a Jesus e do agradecimento, as palavras ouvidas pelo samaritano com certeza impulsionaram o seu coração: “Levanta-te e vai! A tua fé te salvou!”. Muito mais que cura física, o samaritano recebeu a verdadeira alegria da vida, a salvação.

O ensinamento de Jesus mostra aos discípulos uma realidade que transcende os costumes e os provoca a reconhecerem o dom de Deus, ao mesmo tempo mostra-lhes o sentido da verdadeira gratidão.

Aprendamos a verdadeira campanha em favor da vida!

Sobre o(a) autor(a)

Padre José Luís de Gouveia (SCJ)

O Padre José Luís de Gouveia pertence à Paróquia São Vicente Férrer, em Formiga.