quarta-feira, 30 de abril de 2014

VOCÊ AMA O QUE FAZ?

VOCÊ AMA O QUE FAZ?

Passamos a maior parte de nossa vida trabalhando. A lei do trabalho é uma lei de Deus para a nossa felicidade. “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado ...” (Gn 3,19). Isto não é um castigo de Deus, mas um remédio redentor.

Confúcio disse certa vez que: “Deus colocou o trabalho como sentinela da virtude”. É verdade, o trabalho justo e honesto fortalece a virtude, e esta nos faz felizes; quem trabalha com seriedade não tem tempo para fazer coisas erradas. Por isso, o trabalho não pode ser olhado como uma “penalidade”, um castigo a que nos submetemos sem outra alternativa; mas como a nossa colaboração com Deus no aperfeiçoamento da criação. Será que o inventor da roda imaginou a sua importância para toda a humanidade?

Deus nos deu a honra de completar a sua obra criada; e é pelo trabalho que fazemos isto. Logo, o trabalho é sagrado, qualquer que ele seja. São muitos os problemas e sofrimentos causados por aqueles que rejeitam o trabalho.

É por preguiça que o filho não obedece a seus pais, e muitas vezes se torna um transviado.

É por preguiça que os pais muitas vezes não educam bem os seus filhos, e não se dedicam melhor a eles.

É por preguiça de algumas esposas e esposos que o trabalho do lar é às vezes mal feito, prejudicando os seus filhos.

É por preguiça que o trabalhador faz o serviço de maneira desleixada, prejudicando os outros que dependem dele.

É por preguiça que o estudante não estuda e não faz as lições de casa e prejudica a sua formação.

É por preguiça e que às vezes um médico pode deixar perecer um paciente que depende dele para viver.

É por preguiça ou comodismo que o cristão deixa de ir à missa, de rezar, de conhecer a doutrina da Igreja, de trabalhar na sua comunidade, etc.

É por preguiça e negligência que muitos trabalhos são mal feitos provocando danos às pessoas.

É por preguiça e desleixo que muitos acidentes acontecem porque faltou zelo na sua prevenção.

Você já percebeu que esta lista poderia ser muito longa se fossemos buscar todos os males causados pela preguiça.

Estamos mal acostumados a colocar a culpa nos outros, no tempo, na chuva, na falta de materiais, etc., mas no fundo, a culpa é nossa mesma. Quem quer alguma coisa faz, quem não quer manda.

Thomas Edison, que inventou a lâmpada elétrica e patenteou cerca de mil inventos, disse que em todo gênio há 95% de transpiração e só 5% de inspiração. Isto quer dizer que não é a genialidade que faz o mundo avançar, mas o trabalho.

A glória do homem consiste em concluir o que Deus, propositadamente apenas começou. A dedicação e a disciplina superam a genialidade. O talento de um homem pode não ser bastante grande, mas se ele se casar com a perseverança, dará muitos frutos.

João Paulo II disse que “para mim o trabalho manual foi mais importante que minha tese de doutorado”. Eu digo o mesmo, o meu trabalho de professor foi muito mais importante para as pessoas do que os dois doutorados que realizei.

É importante amar aquilo que a gente faz. E para isso é preciso notar a grandeza do trabalho.Você não está apenas lavando louças, as enxugando e guardando, você está fazendo muito mais do que isto, está formando uma família, está formando homens e mulheres para o mundo e para Deus.

Certa vez o presidente americano Benjamim Franklin vistoriava a construção de uma obra e perguntou a um operário o que ele fazia na obra, este lhe respondeu que carregava tijolos para serem assentados; fez a mesma pergunta a um outro, e este lhe disse que carregava massa para que os tijolos fossem assentados; e perguntou a um terceiro, que carregava um carrinho de areia o que ele fazia; a resposta foi maravilhosa: “estamos construindo uma catedral”. Este último entendeu a grandeza do seu trabalho; não estava “apenas” carregando um carrinho de areia, estava fazendo muito mais, “construindo uma catedral”.

Catequese do Papa Francisco

Nada é impossível à misericórdia de Deus



Catequese do Papa Francisco

Reunimo-nos aqui, neste encontro do Ano da Fé dedicado a Maria, Mãe de Cristo e da Igreja, nossa Mãe. A sua imagem, vinda de Fátima, ajuda-nos a sentir a sua presença no meio de nós. Maria leva-nos sempre a Jesus. É uma mulher de fé, uma verdadeira crente. Como foi a fé de Maria? 

1. O primeiro elemento da sua fé é este: a fé de Maria desata o nó do pecado (cf. LG, 56). Que significa isto? Os Padres conciliares retomaram uma expressão de Santo Ireneu, que diz: «O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; aquilo que a virgem Eva atara com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé» (Adv. Haer. III, 22, 4). 
O «nó» da desobediência, o “nó” da incredulidade. Poderíamos dizer, quando uma criança desobedece à mãe ou ao pai, que se forma um pequeno «nó». Isto sucede, se a criança se dá conta do faz, especialmente se há pelo meio uma mentira; naquele momento, não se fia da mãe e do pai. Isto acontece tantas vezes! Então a relação com os pais precisa de ser limpa desta falta e, de facto, pede-se desculpa para que haja de novo harmonia e confiança. Algo parecido acontece no nosso relacionamento com Deus. Quando não O escutamos, não seguimos a sua vontade e realizamos acções concretas em que demonstramos falta de confiança n’Ele – isto é o pecado –, forma-se uma espécie de nó dentro de nós. Estes nós tiram-nos a paz e a serenidade. São perigosos, porque de vários nós pode resultar um emaranhado, que se vai tornando cada vez mais penoso e difícil de desatar.Mas, para a misericórdia de Deus, nada é impossível! Mesmo os nós mais complicados desatam-se com a sua graça. E Maria, que, com o seu «sim», abriu a porta a Deus para desatar o nó da desobediência antiga, é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma com a sua misericórdia de Pai. Poderíamos interrogar-nos: Quais são os nós que existem na minha vida? Para mudar, peço a Maria que me ajude a ter confiança na misericórdia de Deus? 

2. Segundo elemento: a fé de Maria dá carne humana a Jesus. Diz o Concílio: «Acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai» (LG, 63). Este é um ponto em que os Padres da Igreja insistiram muito: Maria primeiro concebeu Jesus na fé e, depois, na carne, quando disse «sim» ao anúncio que Deus lhe dirigiu através do Anjo. Que significa isto? Significa que Deus não quis fazer-Se homem, ignorando a nossa liberdade, quis passar através do livre consentimento de Maria, do seu «sim».  
Entretanto aquilo que aconteceu de uma forma única na Virgem Mãe, sucede a nível espiritual também em nós, quando acolhemos a Palavra de Deus com um coração bom e sincero, e a pomos em prática. É como se Deus tomasse carne em nós: Ele vem habitar em nós, porque faz morada naqueles que O amam e observam a sua palavra.Perguntemo-nos: Estamos nós conscientes disto? Ou pensamos que a encarnação de Jesus é um facto apenas do passado, que não nos toca pessoalmente? Crer em Jesus significa oferecer-Lhe a nossa carne, com a humildade e a coragem de Maria, para que Ele possa continuar a habitar no meio dos homens; significa oferecer-Lhe as nossas mãos, para acariciar os pequeninos e os pobres; os nossos pés, para ir ao encontro dos irmãos; os nossos braços, para sustentar quem é fraco e trabalhar na vinha do Senhor; a nossa mente, para pensar e fazer projectos à luz do Evangelho; e sobretudo o nosso coração, para amar e tomar decisões de acordo com a vontade de Deus. Tudo isto acontece graças à acção do Espírito Santo. Deixemo-nos guiar por Ele! 

3. O último elemento é a fé de Maria como caminho: o Concílio afirma que Maria «avançou pelo caminho da fé» (LG, 58). Por isso, Ela nos precede neste caminho, nos acompanha e sustenta. 
Em que sentido a fé de Maria foi um caminho? No sentido de que toda a sua vida foi seguir o seu Filho: Ele é a estrada, Ele é o caminho! Progredir na fé, avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé, não é senão seguir a Jesus; ouvi-Lo e deixar-se guiar pelas suas palavras; ver como Ele se comporta e pôr os pés nas suas pegadas, ter os próprios sentimentos e atitudes d’Ele: humildade, misericórdia, solidariedade, mas também firme repulsa da hipocrisia, do fingimento, da idolatria. O caminho de Jesus é o do amor fiel até ao fim, até ao sacrifício da vida: é o caminho da cruz. Por isso, o caminho da fé passa através da cruz, e Maria compreendeu-o desde o princípio, quando Herodes queria matar Jesus recém-nascido. Mas, depois, esta cruz tornou-se mais profunda, quando Jesus foi rejeitado: então a fé de Maria enfrentou a incompreensão e o desprezo; quando chegou a «hora» de Jesus, a hora da paixão: então a fé de Maria foi a chamazinha na noite. Na noite de Sábado Santo, Maria esteve de vigia. A sua chamazinha, pequena mas clara, esteve acesa até ao alvorecer da Ressurreição; e quando lhe chegou a notícia de que o sepulcro estava vazio, no seu coração alastrou-se a alegria da fé, a fé cristã na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Este é o ponto culminante do caminho da fé de Maria e de toda a Igreja. Como está a nossa fé? Temo-la, como Maria, acesa mesmo nos momentos difíceis, de escuridão? Tenho a alegria da fé? 
Esta noite, ó Maria, nós Te agradecemos pela tua fé e renovamos a nossa entrega a Ti, Mãe da nossa fé. 

Paz e Bem!

Fonte: Zenit 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Amor segundo Paulo

O Amor segundo Paulo

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos,
se não tivesse amor, seria como sino ruidoso
ou como címbalo estridente.
Ainda que tivesse o dom da profecia,
o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência;
ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas,
se não tivesse amor, nada seria.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos,
ainda que entregasse o meu corpo às chamas,
se não tivesse amor, nada disso me adiantaria.
O amor é paciente, o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade.
Tudo desculpa,
tudo crê,
tudo espera,
tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias desaparecerão,
as línguas cessarão,
a ciência também desaparecerá.
Pois o nosso conhecimento é limitado;
limitada é também a nossa profecia.
Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado.
Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança.
Agora vemos como em espelho e de maneira confusa;
mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é limitado,
mas depois conhecerei como sou conhecido.
Agora, portanto, permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor.
A maior delas, porém, é o amor."

Primeira carta de Paulo aos Coríntios (13, 1-13)

Nada nos pode separar do amor de Deus. A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” 
O amor de Deus é um amor de sacrifício. A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 
O amor de Deus dura para sempre. A Bíblia diz em Salmos 136:1 “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.” 

reflexão


Sempre me achei uma filha obediente, uma menina obediente, uma aluna obediente, uma cidadã obediente...mas hoje, olhando com mais maturidade, penso: como é difícil obedecer...ser uma cristã obediente é o grande desafio...e fazer isso não por temor mas por amor...talvez temor também , temor de ficar longe por um momento ou por uma eternidade do meu Senhor!, e por não querer feri-lo e nem ficar longe do SEU AMOR!, por amor e por esse temor....quero SENHOR, sempre e sempre obedece-lo...Ajuda-me SENHOR, nas minhas quedas....para que me erga e continue o caminho CONTIGO , assim como os discípulos de Emaús, quero sentir sempre meu coração abrasar com TUA presença....e sempre obedece-LO!, pois TU és a razão do meu viver!

reflexão

Já plantei uma flor assim no deserto da minha alma, e já colhi um lindo e imenso jardim todo florido, e hoje vivo para rega-lo...faça vc tbm essa linda experiência!

relfexão

Eu fico impressionada como é difícil para nós enxergarmos os sinais de Cristo!, como difícil reconhecermos a sua voz, a sua palavra, o seu chamado....como custamos a reconhece-lo a amá-lo , a acreditar que Ele está no meio de nós, a nos chamar, a nos atrair....como nosso coração está fechado, como nossa visão está turva...como somos enganados por falsos ídolos...como somos imaturos e sem fé....Senhor tem piedade de nós....e nos ajuda Senhor a reconhecer a TUA presença...peço hoje de todo coração a nossa Mãe amada , que sempre intercede por nós que interceda por todos os irmãos que ainda vivem longe de Cristo!...amém!

Às vezes, não sabemos amar direito.

Às vezes, não sabemos amar direito. 

Há alguns dias, ouvi uma dolorosa frase de uma mulher ao seu marido: "Eu já não preciso que você me faça feliz, só quero que você me permita sê-lo". De repente, em nossa vida, percebemos que queremos ser felizes. Lutamos por isso, fazemos projetos, planejamos nossa vida procurando o caminho para alcançar a felicidade. Buscamos que nos amem e que nossos sonhos se realizem. E acabamos exigindo da vida algo que ela não pode nos dar. 

Então, quando não conseguimos ser felizes, ficamos tristes. É por isso que, ao amar alguém, achamos que essa pessoa tem o dever de nos fazer felizes. Achamos que este é o único jeito, porque sozinhos não conseguimos. Exigimos que o outro nos faça felizes. Porém, mais tarde, quando o outro também não consegue nos fazer felizes, quando seu amor não nos sacia, vivemos insatisfeitos e nos sentimos tristes. 

E é nesse momento que podemos chegar a dizer coisas como a que aquela mulher disse ao seu esposo. Queremos que nos deixem em paz para poder ser felizes. Porque percebemos que não amamos direito e não conseguimos fazer feliz a pessoa a quem amamos. 

Mas querer que os outros nos deixem em paz para ser felizes não é o caminho. 

Defraudados, decepcionados com a vida, queremos que nos deixem serfelizes, que não nos atrapalhem. Só que este não é o verdadeiro amor. Porque um amor assim perde o seu fogo e nos torna egoístas, egocêntricos, pensando só no que nos falta. 

O verdadeiro amor não nos deixa em paz. Pelo contrário, ele carrega nossa vida, nos cura e nos salva. É o amor de Jesus. Esse amor sadio, esseamor que liberta e enaltece, é o amor que realmente quer nos fazerfelizes. Não somos felizes quando os outros nos deixam tranquilos, e sim quando buscamos fazê-los felizes, entregando o melhor de nós por eles. Porque o amor que entregamos transborda e nos enche de felicidade. 

No fundo do coração, desejamos um amor que sustente nossa vida, que nos ajude a carregar a nossa cruz. Olhemos para o amor de Jesus, um amor mais forte que o nosso, que não fica tropeçando como o nosso. Queremos receber esse amor de Jesus que nos sustenta, que nos torna plenos. 

Busquemos amar e entregar-nos sabendo que Deus olha com misericórdia e com carinho imenso para cada movimento nosso, cada tentativa, cada busca. Sejamos generosos no amor, confiantes. Deus vai cuidar do nosso coração. Ele só nos pede que amemos e confiemos. Confiar radicalmente, amar radicalmente. Completamente.

Padre Carlos Padilla

Cristo ressuscitou, ressuscitou de verdade!

Cristo ressuscitou, ressuscitou de verdade!
Este mês de abril tem como centro o maior fato de todos os tempos, a grande verdade que dividiu a história em "antes de Cristo e depois de Cristo": a Ressurreição de Jesus. É a grande verdade, porque, se Cristo não houvesse ressuscitado, vã seria a nossa fé e a vida cristã não teria sentido. Assim, qualquer religião seria válida, pois são caminhos para Deus, por isso cada um escolheria livremente o seu caminho e a sua religião; mas não! Cristo ressuscitou! Ele dá sentido à vida e à história. Ele é realmente o caminho para Deus. Ele é a Verdade que todo ser humano procura. Ele é a Vida que todos nós almejamos: vida com qualidade total, vida em abundância, vida verdadeira.

O outro fato para o qual converge e se dirige toda a história é a vinda gloriosa de Jesus para implantar, no meio de nós, o Seu reino. Sua vinda trará a terra nova, a humanidade nova, o mundo novo com homens e mulheres novos, a nova sociedade onde reinará a verdade, a justiça, o amor e a paz. O mundo e a vida que todos almejamos.

A Palavra de Deus, que nos atesta a Ressurreição de Jesus, nos aponta também para a Sua vinda gloriosa. E nós estamos entre esses dois eventos maravilhosos, buscando, em cada Páscoa, a nossa ressurreição e a vida nova. Ao mesmo tempo, voltamo-nos para a feliz expectativa da vinda de Jesus em glória, e nos deixamos transformar, a cada dia, pela ação poderosa do Espírito Santo que nos foi dado. Veja bem: o mesmo Espírito Santo – nos atesta as escrituras –, que ressuscitou Jesus dos mortos, nos foi dado e habita em nós, para realizar em cada um a Ressurreição de Cristo e conduzir-nos para a vida nova.

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fica conosco Senhor

"Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina" (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as mais densas sombras vão se fazendo, e Tu és a Luz; em nossos corações se insinua a falta de esperança, e tu os faz arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fraçãodo pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu tens ressuscitado e que nos tem dado a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.(...)" (DAp 554).

quarta-feira, 16 de abril de 2014

É preciso se encantar...

É preciso se encantar...
Deus se manifesta fortemente a nós de duas formas: quando “olhamos para fora de nós” e vemos a beleza, harmonia e paz da natureza, um verdadeiro espelho que reflete as maravilhas de Deus; e quando “olhamos para dentro de nós”, e vemos o quão belos somos, “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26), dotados de inteligência, liberdade, consciência, imaginação, vontade, memória, etc... Além de tudo isso, claro, Deus se manifestou plenamente em Nosso Senhor Jesus Cristo, “esplendor de sua glória e figura de sua substância” (Hb 1,3).
A beleza de Deus espelhada na natureza, no encanto da música, no sabor dos alimentos, na suavidade da pétala da rosa e da pele de uma criança, entra em nossa alma pelos cinco sentidos, que os filósofos antigos já chamavam de “janelas da alma”.
Mas a maioria dos homens e mulheres, atormentados pelo “barulho” da vida não param para desfrutar de tudo isso. Não abrem mais “as janelas da alma”. Não se encantam mais ao ver um nascer ou pôr do Sol; ao ver um pintinho ser gerado de um ovo aquecido sob a galinha; ou de ver uma rosa perfumada e bela nascer no meio dos espinhos...
É preciso se encantar com o que Deus faz, senão deixaremos de ser humanos e a brutalidade tomará nosso coração, nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos. Onde não há encanto não há meditação; e sem meditação não há crescimento espiritual. E o homem embrutece.
Como é belo e prazeroso ouvir uma bela música, uma Ave Maria, de Bach ou Gounod; um “Jesus, alegria dos homens”, de Bach; um “Tema de Lara”, de Maurice Jarre; um “Carrossel de fogo”, do grego Vangelis, e que tornou-se o hino oficial de todas as maratonas e maratonistas ao redor do mundo, ...
Mas também as belas músicas de nossa terra, um “Luar do Sertão”, a “Noite do meu bem”; a “Casinha Pequenina”; e tantas maravilhas. Como é doce ouvir Dolores Duran cantar:
“Hoje eu quero a rosa mais linda que houver,
E a primeira estrela que vier,
Para enfeitar a noite do meu bem.
Hoje eu quero paz de criança dormindo,
E abandono de flores se abrindo,
Para enfeitar a noite do meu bem.
Quero a alegria de um barco voltando,
Quero ternura de mãos se encontrando,
Para enfeitar a noite do meu bem.
Ah! eu quero o amor, o amor mais profundo,
E quero toda beleza do mundo,
Para enfeitar a noite do meu bem...”
É preciso se encantar com as coisas belas que Deus nos deu, senão a gente vira bicho e trata os outros como animais.