BÊNÇÃO APOSTÓLICA «URBI ET ORBI»
PRIMEIRA SAUDAÇÃO
DE SUA SANTIDADE BENTO XVI
DE SUA SANTIDADE BENTO XVI
Terça-feira, 19 de Abril de 2005
Amados Irmãos e Irmãs,Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor.Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações.Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco. Obrigado!
"SANTA MISSA PELA IGREJA UNIVERSAL"
PRIMEIRA MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI
NO FINAL DA CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
COM OS CARDEAIS ELEITORES NA CAPELA SISTINA
Quarta-feira, 20 de Abril de 2005
Venerados Irmãos Cardeais
Caríssimos
Irmãos e Irmãs em Cristo
Vós todos, homens e mulheres
de boa vontade!1. Graça e paz em abundância para todos vós (cf. 1 Pd 1, 2)! Convivem no meu coração nestas horas dois sentimentos contrastantes. Por um lado, um sentido de inaptidão e de humana perturbação pela responsabilidade que ontem me foi confiada, como Sucessor do Apóstolo Pedro nesta Sede de Roma, diante da Igreja universal. Por outro lado, sinto viva em mim uma profunda gratidão a Deus, que como nos faz cantar a liturgia não abandona o seu rebanho, mas o guia através dos tempos, sob a guia de quantos Ele mesmo elegeu vigários do seu Filho e constituiu pastores (cf. Prefácio dos Apóstolos I).Caríssimos, este reconhecimento íntimo por um dom da divina misericórdia prevalece apesar de tudo no meu coração. E considero este facto uma graça especial que me foi obtida pelo meu venerado Predecessor, João Paulo II. Tenho a impressão de sentir a sua mão forte que estreita a minha; parece que vejo os seus olhos sorridentes e que ouço as suas palavras, dirigidas neste momento particularmente a mim: "Não tenhas medo!".
A Igreja de hoje deve reavivar em si mesma a consciência da tarefa de repropor ao mundo a voz d'Aquele que disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). Ao empreender o seu ministério o novo Papa sabe que a sua tarefa é fazer resplandecer aos olhos dos homens e das mulheres de hoje a luz de Cristo: não a sua, mas a verdadeira luz do próprio Cristo.
Com esta consciência dirijo-me a todos os que seguem outras religiões ou que simplesmente procuram uma resposta para os interrogativos fundamentais da existência e ainda não a encontraram. Dirijo-me a todos com simplicidade e afecto, para garantir que a Igreja quer continuar a tecer com eles um diálogo aberto e sincero, na busca do verdadeiro bem do homem e da sociedade.
Peço instantemente a Deus a unidade e a paz para a família humana e declaro a disponibilidade de todos os católicos na cooperação de um autêntico desenvolvimento social, respeitador da dignidade de cada ser humano.
Não pouparei esforços nem dedicação para prosseguir o prometedor diálogo iniciado pelos meus venerados Predecessores com as diversas civilizações, porque da compreensão recíproca surgem as condições de um futuro para todos.
Penso em particular nos jovens. A eles, interlocutores privilegiados do Papa João Paulo II, dirijo o meu abraço afectuoso na expectativa, se Deus quiser, de me encontrar com Eles em Colónia por ocasião da próxima Jornada Mundial da Juventude. Convosco, amados jovens, futuro e esperança da Igreja e da humanidade, continuarei a dialogar, ouvindo as vossas expectativas com a intenção de vos ajudar a encontrar sempre mais em profundidade o Cristo vivo, o eternamente jovem.
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